A Rita e Nuno são ambos portugueses, casaram o ano passado em Setembro e escolheram para o seu casamento, o encantador Parque da Penha para celebrar o grande dia! João de Medeiros foi o fotógrafo escolhido pelos noivos para imortalizar este dia tão especial. A escolha não poderia ter um resultado melhor, como vamos poder ver hoje, no artigo que lhe oferecemos. Devemos destacar também que João de Medeiros foi recentemente mencionado como um dos 100 melhores fotógrafos de casamento do mundo. Fique connosco para conhecer esta linda história de amor e o seu impecável registo!
João de MedeirosComo se conheceram?
Rita: Conhecemo-nos em Setembro de 2010, quando iniciei o meu estágio no escritório de advogados, onde o Nuno já era associado (mas dentro do cliché, temos a dizer que nunca trabalhámos juntos!). Acho que não foi “amor à primeira vista”, mas foi certamente especial, porque me lembro de tudo sobre esse momento: eu estava a trabalhar num open space com mais 4 colegas, e o Nuno apareceu, durante a tarde, ainda meio despenteado, de T-shirt azul, sapatilhas allstars e calças de ganga – estava de férias e foi ao escritório buscar uma encomenda que tinha chegado naquele dia, vestido com a indumentária que (mais tarde vim a perceber) é o “uniforme de fim de semana” do Nuno, desde a adolescência! Como eu era uma cara nova, apresentaram-nos, e tivemos uma conversa circunstancial e bastante desinteressada. Quando o Nuno abriu a encomenda, todos os colegas que o conheciam comentaram, em tom de gozo, como era possível o Nuno ter comprado mais um pedal. Lembro-me de ter pensado: “Bolas, deve ter muitas bicicletas…!”. Só meses depois é que percebi o que era um pedal no contexto musical! Que vergonha…! Mas hoje em dia já sei o que são efeitos, e a coleção de pedais do Nuno faz carinhosamente parte da mobília da casa!
Como foi o pedido de casamento?
Rita: Perfeito… O Nuno é de Lisboa (onde moramos), e eu sou do Porto, vou sempre ser do Porto, de alma e coração. Esta informação é importante, porque o Nuno planou tudo por forma a pedir-me em casamento na minha “casa”, no fim-de- semana em que a grupeta amiga de Lisboa estava toda reunida no Porto a festejar os 30 anos da Mafalda, que, de alguma forma, conseguiu movimentar as tropas até ao Norte! No final da tarde de sábado eu e o Nuno recebemos um sms da Mafalda a dizer que os festejos daquela noite iam começar em Serralves – achei estranho, porque sabia que àquela hora Serralves já estaria fechado, mas pensei que talvez a aniversariante tivesse uma surpresa preparada para todos...
Quando chegámos e o Nuno disse ao segurança que íamos para “um evento em nome de Nuno Marques” comecei a suspeitar. As palmas suadas do Nuno só confirmavam as minhas suspeitas! Já estava noite e silêncio no jardim que faz a ligação entre a entrada principal e a Casa de Serralves. Quando perguntava ao Nuno para onde íamos e o que se estava a passar, ele limitava-se a sorrir, nervoso. De repente comecei a ouvir música, cordas, um violoncelo e um violino. Reconheci logo a melodia: «Love of my life», dos Queen. Foram só mais uns passos até perceber onde estávamos e o que se estava a passar.
Velas no chão, penduradas nas árvores e nos arbustos junto à Casa de Serralves. Foi aí, nesse momento, que o Nuno me pediu em casamento. Ainda estávamos abraçados a festejar quando as cortinas da Casa se abriram e eu vi que tínhamos a sala por nossa conta – uma mesa linda, com dois lugares, à nossa espera. A sala iluminada por dezenas de velas. Foi o jantar mais romântico da minha vida. Durante o jantar, o Nuno perguntou se havia espaço para mais uma surpresa. Como eu não gosto de surpresas (!), ele decidiu contar-me: tinha reservado um espaço no ‘Baixaria’ (um bar na baixa do Porto) onde já estavam todos os nossos amigos, reunidos pela Mafalda (team Lisboa) e pela Mariana (team Porto), as únicas cúmplices do Nuno. A melhor parte era que ninguém sabia porque estava naquele Bar, a convite daquelas duas meninas. Quando nós chegámos e eu mostrei o anel, perceberam logo!
Choradeira, muitos abraços e shots! Nós estávamos felizes e os nossos amigos felizes por nós (o bar aberto é capaz de ter ajudado um bocadinho!). Apesar da distância que separa as nossas cidades (e famílias e amigos), o Nuno conseguiu que partilhássemos aquela noite maravilhosa com algumas das pessoas mais importantes nas nossas vidas. Vou-lhe agradecer sempre por isso.
João de Medeiros João de MedeirosComo foi a organização do casamento? Seguiram alguma tradição?
Rita: Tivemos quase um ano e meio para organizar o casamento, mas – para além da reserva do espaço, que fizemos pouco depois do pedido –, deixámos quase tudo para os últimos 9 meses. Tivemos a sorte de ter muita ajuda, correu tudo muito bem. Penso que a única tradição que seguimos (se é que lhe podemos chamar isso) foi fazer um almoço de noivado, em casa dos meus pais, com os pais do Nuno e os nossos familiares mais próximos.
Qual a escolha mais difícil e mais fácil? Como foi a escolha do fotógrafo?
Nuno e Rita: Começamos pela mais fácil, a escolha do local – o Parque da Penha, em Guimarães. A mais difícil talvez tenha sido a escolha do destino da lua-de- mel – havia tantas opções…! A escolha do fotógrafo também não foi nada fácil. Não foi por falta de oferta, mas não encontrávamos nenhum fotógrafo que nos enchesse as medidas, púnhamos sempre algum defeito. E já estávamos a desistir da ideia de encontrar o fotógrafo perfeito quando o Nuno finalmente “descobriu” o João. Até festejámos quando ele confirmou!
Tiveram ajuda?
Nuno e Rita: Muita ajuda. O Parque da Penha disponibiliza sempre um colaborador (wedding planner) para a conceção e organização dos casamentos, que desenvolve um trabalho personalizado com os noivos. Trabalhámos com a Teresa Ribeiro, que concretizou a nossa visão na perfeição, até ao último detalhe. Também fizemos questão de ter alguns projetos DIY (como as letras luminosas ‘T+N’ e os marcadores das mesas, e, numa escala menor, os convites, os missaletes e os menus…), mas até para isto contámos sempre com a ajuda dos melhores amigos que se pode ter, e de uma família nuclear sempre disponível (a minha Mãe merece uma menção honrosa!) E o Nuno não foi o típico noivo, foi um grande apoio e envolveu-se, de forma incansável, em todos os aspetos do casamento (à exceção do meu vestido ).
Onde foram buscar inspiração? Consultaram Blogs, revistas? Tema do casamento?
Nuno e Rita: Pinterest, pinterest, pinterest.
Nuno e Rita: Não tivemos tema, mas – e usando as palavras da Teresa –, penso que construímos um ambiente em que predominou a luz das velas, com um toque campestre mas elegante.
Como foi o grande dia?
Nuno: Toda a gente nos dizia para aproveitar muito bem o dia do casamento, porque ia passar a correr, e de repente, percebíamos que tinha terminado. Talvez graças a tantos avisos, sentimos que vivemos cada momento sem pressas, até ao fim, e que o dia foi perfeito e durou exactamente o tempo que tinha de durar. O dia começou como manda a regra – cada um no seu quarto da Pousada Santa Marinha da Costa, junto à Igreja onde nos íamos casar. Enquanto a Tita se estava a arranjar, eu fui ao Parque da Penha ver como estavam a correr as preparações do espaço e fazer o soundcheck para a banda.
Estava tudo a correr de forma bastante lenta – foi difícil não ficar stressado e não dizer à Tita que as coisas estavam atrasadas. Mas, de alguma forma, ficou tudo pronto a tempo e eu voltei para a Pousada para um “último” almoço com a minha Madrinha Mafalda e para me vestir. Eu e a Tita ainda partilhámos um pequeno momento antes do casamento, quando a noiva me foi pentear com a promessa de que eu ficasse sempre de olhos fechados. No momento em que me vi junto ao altar e abriram as portas para a Tita entrar, esqueci tudo, tudo o que ainda poderia estar por organizar e tudo o que podia ou não correr mal durante o resto do dia, porque naquele momento tinha, à minha frente, o meu amor perfeito, aquela alma pela qual me apaixonara, com toda a sua beleza, energia, carinho e sabedoria, com os seus grandes olhos a olharem para mim, iluminada por um glorioso sol, quase encomendado. Com o seu caminhar elegante flutuava, numa dança a dois, na qual eu apenas me deixei levar, hipnotizado por toda aquela beleza que vinha até mim. A partir daí seríamos só nós os dois a partilhar aquele momento único com a nossa família e amigos.
João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de MedeirosA cerimónia foi muito bonita e intimista, ajudada pelo facto de termos tido amigos músicos a tocar na Igreja, padres amigos a celebrar o casamento, e, sobretudo, textos lindíssimos que o Porfírio (meu Pai) e a Luísa (Irmã da Tita) escreveram sobre e para nós, e que derreteram todos os presentes (um eterno obrigado especial aos dois). Depois da cerimónia, partilhámos a nossa primeira viagem, e o nosso primeiro momento de deslumbre conjunto enquanto Marido e Mulher ao chegarmos ao Parque da Penha. É verdade que passámos meses a planear a decoração daquele espaço, mas nada nos preparou para a beleza e para a fotografia exacta daquilo que era o nosso ambiente de sonho, personificado naquele espaço.
João de Medeiros João de MedeirosSe a entrada no espaço exterior do cocktail nos deixou sem palavras, a entrada no espaço interior do jantar deixou-nos em êxtase pelo que viria. Ao som de duas bandas sonoras que tanto nos dizem (Star Wars e Friends), caminhámos pelas mesas, acompanhados pelos nossos padrinhos e madrinhas, numa sala que não só representava (pelo menos, aos nossos olhos) o ambiente perfeito para aquela celebração, como estava cheia de pessoas que adoramos, cada uma agarrada ao seu sparkle a dar um pouco mais de luz à sala. E a noite foi simplesmente acontecendo, de forma natural e orgânica. Merecem destaque alguns momentos memoráveis, como o vídeo-surpresa dos nossos padrinhos e madrinhas – não o típico vídeo com fotos de infância ao som da Good Riddance, mas imagens de amigos e família a dançar e a fazer a melhor figura de sempre ao som das nossas mojo songs favoritas (como “Don’t stop me now”, dos Queen). Seguindo uma sugestão do João, o momento do ramo também foi diferente do habitual: eu fiquei a agarrar o ramo da noiva, enquanto as solteiras agarravam, cada uma, a ponta de uma fita de cetim que estava amarrada ao ramo. A noiva ia cortando as fitas, até ficar apenas uma, segurada pela lucky gal. O que é um momento mais ou menos rápido, acabou por se tornar num festival de correrias, gritos, cores e risos, e the last girl standing, vai mesmo casar-se este ano (mas se calhar fez batota…porque já estava noiva!).
João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de MedeirosPor último, veio um grande momento protagonizado pela Mega Jam Band, uma banda de músicos-amigos, organizada apenas para o casamento. A festa estava instalada, com as reações a irem de um ligeiro bater de pé a saltos e gritos. Não só o facto de ser uma banda ao vivo trouxe ainda mais energia à festa, como o facto de serem amigos trouxe uma maior cumplicidade, que se estendeu aos convidados. O momento alto terá sido quando eu (que nunca tinha cantado em público, nem sequer os parabéns!) comecei a cantar uma música para a Tita, até lhe passar o microfone em jeito de surpresa. A Tita (que apesar da sua reserva em cantar em público é uma belíssima vocalista) respirou um segundo, provavelmente ganhando coragem, e entrou num refrão épico (que tanto simbolizava aquele momento), e que culminou no final da música com todos os nossos amigos abraçados em histeria.
A noite seguiu então ao som do DJ, de conversas e gargalhadas. Às 8 da manhã fomos dormir, com o sentimento de ter sido o melhor dia das nossas vidas!
João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de Medeiros João de MedeirosSe pudessem, mudavam algo?
Nuno e Rita: Talvez tivéssemos dado aos convidados ainda mais sparkles para a nossa entrada – com todas as velas e luzinhas que estavam a iluminar o ambiente, quantos mais sparkles melhor! E mais uma coisa: tínhamos roubado o João para uma pequena sessão fotográfica (5 minutos teriam sido suficientes), para ficarmos com um registo, só dos dois, naquele ambiente mágico.
Lua-de- mel?
Nuno e Rita: Duas semanas a percorrer a Nova Zelândia de autocaravana, e uma semana a relaxar nas Maldivas.
Qual o feedback que têm para dar a outros noivos sobre a vossa experiência com os fornecedores escolhidos para o vosso casamento?
Nuno e Rita: De uma forma geral, o Parque da Penha tratou da organização da cerimónia e do evento – desde a decoração da Igreja Santa Marinha da Costa e distribuição das pétalas pelos convidados, o bouquet da noiva, o transporte dos noivos, o ‘design e styling’ floral, a escolha e organização do mobiliário exterior, interior e do serviço de jantar, os centros de mesa, o catering (em parceria com o Restaurante S. Gião), a iluminação dos espaços exterior e interior (até das árvores!), montagem do palco para a actuação da banda, miminhos para os convidados (como distribuição de sabrinas para as senhoras, pastilhas elásticas, águas e bolinhas de sabão), um staff espetacular, e tantos pormenores incríveis que fizeram toda a diferença. A Teresa dizia sempre “não se preocupe(m)”, e com razão!
Fornecedores do Casamento
Tita | Vestido: Rosa Clará | Sapatos: sabrinas da secção de criança do El Corte Inglês (foi um desafio encontrar umas sabrinas bonitas, brancas e simples) | Véu: foi o meu “something old” + “something borrowed”, da Sofia | Brincos: Luís Ferreira | Makeup: Helena Almeida. Meias | Sapatos: Armani | Relógio: de bolso, do Avô da Tita. Alianças: feitas pelo nosso amigo Tomás, no atelier dele, no Porto – ainda tivemos a sorte de ver as nossas alianças serem feitas (momento Senhor dos Anéis!). Depois disso fomos para o pátio que ele tem nas traseiras, beber cerveja e aproveitar o sol. Foi um momento memorável, quando ele nos deu as alianças para experimentar.
Fotógrafo: João Medeiros & Pamela Leite.
Vídeo: Inês Machado.
Banda: Mega Jam Band – banda ad hoc para o casamento, composta pelo Nuno pelos amigos que partilham com ele a paixão pela música (mas acho curtiram tanto, que aceitam marcações para outros eventos ahahah).
DJ: Francisco Aires Pereira.
Espaço: Parque da Penha
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