A origem da expressão lua-de-mel...

Já pensou na origem do termo lua-de-mel? Adiantamos-lhe já que o seu conceito mudou muito, mas que a sua essência está toda descrita nas palavras que o compõem

Será que alguma vez já pensou nela? Muitas vezes aceitamos as palavras ou expressões sem nunca as questionar. Mas, já que lhe lançámos a questão, de certeza, que já está a imaginar que tem alguma coisa a ver com as luas e com mel ou algo doce. Mas porquê juntar as duas? É isso que lhe vamos esclarecer neste post. E adiantamos-lhe já que o que lhe deu origem foi uma prática bastante antiga, com mais de quatro mil anos, na Babilónia imagine! Pelo menos, é esta a primeira referência sobre o assunto. Começou com os habitantes da Babilónia que comemoravam o casamento durante o primeiro mês de união. Nessa altura, o pai da noiva dava ao genro cerveja com mel, com o objetivo de promover a sua fertilidade. O consumo tinha de ser feito durante o ciclo inteiro da lua que viesse logo após a cerimónia. Como eles contavam a passagem do tempo por meio do calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.

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Adriana Morais Foto: Adriana Morais

Um pouco mais tarde, há 3500 anos, em Roma, a mãe da noiva colocava, durante um mês, uma vasilha com mel no quarto do casal, para lhes dar forças para conceber. O mel também era usado como um tónico revigorante e um creme para a beleza da noiva. Este ritual devia ser feito durante a primeira lua cheia, após o casamento.

Já no século V, em diferentes civilizações (que se baseavam nas diferentes fases da lua para criarem um calendário), os noivos bebiam hidromel, uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação do mel, na primeira lua como casados, também graças aos seu "poder" energizante e pró-concepção. Os detalhes do ritual variavam de cultura para cultura. Há quem diga que foi só nessa altura que surgiu a expressão lua-de-mel.

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Foto de Sonho Foto de Sonho

Mas o termo lua-de-mel dá pano para mangas... Por exemplo, na idade Média, os alemães eram muito influenciados pela sua mitologia, fazendo questão de segui-la à risca. Como tal, os casamentos realizavam-se apenas em noites de lua cheia e os noivos bebiam hidromel durante os trinta dias após a cerimónia, já que acreditavam que trazia sorte e ajudava a engravidar a mulher. Será que a mitologia alemã tinha base nos hábitos das civilizações mencionadas anteriormente? Quem vai saber?

Depois o conceito lua-de-mel foi mudando aos poucos e não há um consenso sobre a origem (perfeita) do termo. Mas o que é certo é que a tradição católica o acolheu muito bem. Para o Vaticano o mel era símbolo da união, por ser um alimento que se torna mais doce com o passar do tempo. Como pode constatar, é uma metáfora perfeita para o ideal de matrimonio cristão, já que também representa doçura e amor eterno.

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Hugo Esteves Photography Hugo Esteves Photography

Nem sempre o termo lua-de-mel foi usado como algo positivo. Os poetas britânicos usaram-no pela primeira vez na metade do século XVI, descrevendo-o como um curto período de tempo depois do casamento, em que os recém-casados viam tudo lindo e doce, só que tudo isso poderia mudar e a relação poderia tornar-se distante, fria e misteriosa... Tal como a lua.

E agora, quando for de lua-de-mel vai vê-la com outros olhos?

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